A criptografia é parte importante da história da humanidade e cada vez mais necessária na atualidade, visto que cada dia que passa o volume de informações cresce de maneira grandiosa e parte das informações que hoje estão armazenadas em meios computacionais contém informações sensíveis que devem ser protegidas a fim de garantir a integridade, a confidencialidade e o não repudio. O avanço da tecnologia e o exponencial crescimento da Internet e do comercio eletrônico faz com que seja extremamente importante e necessário em muitos casos manter dados em segredo, em privacidade e certos momentos oferecer a garantia da origem das informações principalmente em estudos e análises forense no âmbito computacional. Um estudo da trajetória e evolução dos meios de proteção das informações ao longo do tempo tem como objetivo expandir o pensamento e implicar em um pensamento mais denso, crítico e evolutivo. Pensamento esse que pode incidir em novos métodos ou em um aperfeiçoamento nas soluções que devam garantir os segredos das informações em um futuro próximo.
A criptografia é muito antiga, começou a milhares de anos atrás. E sua criação se deve ao fato da necessidade de trocar segredos, sejam estes segredos militares, amorosos ou apenas segredos pessoais. E foi essa necessidade de proteção dos dados que gerou uma grande evolução dos métodos de criptografia e ocultação (esteganografia) ao longo dos anos.
Da mesma forma que os proprietários das informações a serem protegidas se preocupavam em criar um método altamente seguro para que ninguém além dele e das pessoas que ele gostaria de compartilhar seus dados secretos.
De acordo com Singh, (2005) haviam aqueles que de tudo fariam para reverter o processo e ter acesso aquela determinada informação sigilosa. E é por isso que a criptoanálise também é uma técnica muito antiga. Enquanto houver segredos existirá a necessidade humana de desvenda-lo de saber o que está protegido.
Assim como a criptografia tem como principal foco a proteção da informação codificando de maneira que fique embaralhada para que não seja possível ler as informações como um texto puro, a criptoanálise tem como base o processo inverso, ou seja, voltar a mensagem na sua forma original. Decifrar códigos e segredos é um dos mais motivadores das criptoanálise. Tanto a criptografia quanto a criptoanálise são campos de estudo da “criptologia”.
Singh (2005) explora os diferentes métodos de proteção de informação ao longo da história e entre os métodos de proteção das informações a esteganografia faz uso de técnicas de ocultação de mensagens dentro de outra mensagem, imagens ou qualquer outro meio e diferentemente da criptografia que a altera a mensagem original chamada de texto puro de forma a tornar seu significado original ininteligível.
Em muitas situações as mensagens estenografadas podem não estar criptografadas, pois de certa forma já houve uma proteção das informações, porém em muitas situações métodos de ocultação podem não garantir a proteção como um todo. Vários conceitos relacionados devem ser empregados juntos com a criptografia como por exemplo a verificação matemática que provê a garantia da integridade dos dados. Esse recurso matemático aplicado junto com a esteganografia pode não garantir a confidencialidade em caso de descoberta dos métodos de ocultação, porém por outro lado pode garantir que nenhuma alteração tenha sido feita, garantindo assim a integridade das informações.
Segundo Singh, (2005) criptologia é a disciplina científica que reúne e estuda os conhecimentos (matemáticos, computacionais, psicológicos, filológicos, etc.) e as técnicas necessárias à criptoanálise (solução de criptogramas) e a criptografia (escrita codificada).