Os principais grupos criminosos do país como Primeiro Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho (CV),Terceiro Comando Puro (TCP), Amigos dos Amigos (ADA) e Família do Norte (FDN) estão cada vez mais envolvidos no mundo dos crimes cibernéticos.
Alguns dos envolvimentos das facções criminosas brasileiras no mundo dos crimes cibernéticos incluem:
- Lavagem de dinheiro
- Fraudes e golpes online
- Extorsão virtual
- Ciberataques
As facções criminosas estão buscando recursos cibernéticos para realizar ataques direcionados a instituições financeiras e empresas a fim de gerar mais ganhos financeiros para os cofres do crime organizado.
O destaque fica para o PCC, que hoje é uma das principais organizações criminosas da América do Sul e que possui um estrutura organizacional complexa e bem desenvolvida que atua em várias áreas.
Logo abaixo da cúpula da facção denominada sintonia geral que é o núcleo mais alto da hierarquia do PCC,a vem as sintonias mais “executivas” como a sintonia das gravatas focadas no recrutamento e contratação de advogados, sintonia restrita responsável por missões especiais, a sintonia financeira e a sintonia do cadastro.
A facção conta com soldados da inteligência do crime que chegaram a levantar o nome completo e a imagem na rede social do delegado de polícia responsável pelas investigações envolvendo o PCC no Distrito Federal. Informação essa que chegou através de uma advogada presa que era responsável por levar ordens, até mesmo de decretos de morte, para a Sintonia Restrita.
Em 2021 investigações da Polícia Federal (PF) descobriu a utilização de uma sofisticada operação com criptomoedas como o Bitcoin para, assim, evitar a circulação de papel para os pagamentos da quadrilha e também que os membros do PCC que estariam desconfiados de aplicativos tradicionais de comunicação, como WhatsApp e Messenger e estariam usando recursos de comunicação via PSN (Playstation) .
Entre os ataques mais comum se destacam os roubos em busca de senhas e informações bancárias armazenadas nos aparelhos celulares. Um vez comprometido e com acesso aos dados, os criminosos abrem contas geralmente em bancos virtuais usando dos dados roubados usando os mesmos como “laranja”.
OSINT (Open Source Intelligence)
OSINT (Open Source Intelligence) é uma prática de coleta e análise de informações provenientes de fontes de dados abertas e publicamente disponíveis. Essas fontes incluem sites da web, redes sociais, fóruns online, notícias, documentos públicos e outras fontes acessíveis a qualquer pessoa.
OSINT é útil para “Cybersecurity” e “CyberDefesa” principalmente em Identificação de ameaças, Informações sobre atores maliciosos e verificação de Identidade, no entanto, essa mesma informação acaba sendo consumida pelas facções criminosas também.
Fontes de pesquisa
- http://ompv.eceme.eb.mil.br/defesa-cibernetica/guerra-cibernetica/405-fac-cr
- https://www.mpsp.mp.br/w/gaeco-apreende-ve%C3%ADculos-drogas-armas-e-at%C3%A9-tnt-da-c%C3%BApula-do-pcc
- https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/inteligencia-do-pcc-mapeou-rotina-de-delegado-da-pcdf-que-investigou-faccao
- https://www.viperit.com.br/5372/acer-hackeada-de-novo-ransomware-tira-tv-do-ar-hackers-parado-por-fbi-noticias-de-ti-da-semana/
- https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2022/05/5006431-faccoes-criminosas-de-olho-nos-celulares.html
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